A irritação de Felipão

Felipão anda irritado. O motivo: a falta de vitórias. A verdade é que a pressão pela primeira vitória palmeirense sob seu comando vem tirando seu sono. Assim que foi contatado pela diretoria palmeirense, exigiu que o time não fosse desmanchado, que Diego Souza fosse reintegrado e a contratação de reforços nas posições indicadas por ele. Quando chegou viu o melhor jogador do time, Cleiton Xavier, ser vendido para o Metalist Kharkiv (Quem?). Isso mesmo, meu caro palmeirense, Metalist! O time que foi apontado por Frederico Pena, representante da Traffic, como "a terceira força do futebol ucrâniano". E Diego Souza? Esse fez uma grande burrada e foi pro Atlético, afundar com Luxemburgo. O que restou a cúpula palmeirense pra agradar ao treinador e a torcida: trouxeram Kléber e Valdívia, além do excelente Tinga, do médio Rivaldo, que em nada lembra seu chará no Cazaquistão, e de Luan, que estava no Toulouse da França.

Agora com os reforços ninguém segura o Palmeiras, pensou Felipão. Errado. Ele, que ficou 10 anos na europa, esqueceu que no Brasil as coisas são bem diferentes. Devido à burocracia brasileira o time não consegue inscrever Luan e Valdivia, a esperança verde, como está sendo chamado por alguns, e o time terá que improvisar um meia, ja que Lincon, machucado, não enfrenta o Goiás, no domingo no Serra Dourada.

"O Palmeiras trouxe, mas ninguém estreou ainda. O Valdivia não tem... Fabricio não chegou... Rivaldo chegou, mas não chegou. Quando eu tiver um ovo para comer, cozinharei e comerei, ficarei de barriga cheia. Por enquanto, não estou", foi com essa frase que Felipão definiu bem o momento palmeirense. E é bom o palmeiras começar a correr logo atrás do tempo perdido. O time está em 11° no campeonato e, se continuar assim, não há Felipão, Kléber e Valdívia que consiga segurar o time no seu devido lugar e acalmar a torcida do time que não ganha nada há mais de 10 anos.